ZABELÊ |
Zabelê é
um município brasileiro no estado da Paraíba, localizado na microrregião do
Cariri Ocidental. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), no ano 2010 sua população foi estimada em 2.075
habitantes. A área territorial é de 109 km².O município está incluído na
área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo
Ministério da Integração Nacional em 20057 . Esta delimitação
tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de
seca.
Zabelê entrou na história do estado
no dia 2 de outubro de 1837, quando o Pe. José Gomes Pequeno, vigário da então
freguesia Nossa Sra. dos Milagres de São João do Cariri, batizou dois rapazes
em terras da então "Fazenda de Zabelê". Dali em diante houve mais
batismos, a cada vez que padres passavam por essa fazenda. Contudo, visitas
regulares de religiosos começaram somente a partir de 1938, quando surgiu um
pequeno povoado naquela fazenda. O nome Zabelê, se deu devido ao fato de haver
nessas terras muitas árvores de juazeiros, e no mês de maio seus frutos
desprendiam-se das árvores e já no chão serviam de alimento para aves típicas
da região, denominadas zabelê, atualmente em extinção. Tais aves gostam muito
de andar no chão e voam pouco, além de preferirem lugares úmidos e dormir em
arbustos não muito altos.
O perfil dos primeiros habitantes
dessas terras era de pessoas foragidas da justiça, a exemplo do Sr. João José
da Silva, de Santa Clara, que era foragido de Garanhuns, por lá ter cometido um
homicídio. Os foragidos da lei acorriam para Zabelê, pois se tratava de uma
região despovoada e com densa vegetação de caatinga, sobretudo juazeiros.
Em 1855, um surto de cólera assolou o
estado e a comunidade de Zabelê contabilizou muitos mortos, que eram enterradas
em Santa Clara, pois lá havia um cemitério destinado aos mortos dessa doença.
Segundo histórias populares, não dava tempo para esperar atendimento médico, e
ao menor sinal de falecimentos, as pessoas eram enterradas. Inclusive,
conta-se que certo dia, em meio a uma forte chuva, populares não concluíram o
sepultamento de mais uma vítima de cólera e deixaram a sepultura aberta com o
corpo, que após ser molhado pela chuva restabeleceu-se e levantou-se de sua
sepultura, pois ainda não tinha morrido de fato.